O bruxismo é uma atividade parafuncional do sistema mastigatório que inclui apertar ou ranger os dentes, ao nível subconsciente, onde os mecanismos de proteção neuromuscular estão ausentes, o que pode causar lesões no sistema mastigatório e disfunções temporomandibulares. Este pode ser classificado como cêntrico e excêntrico, diurno ou noturno.
As consequências do bruxismo noturno podem ser controladas mediante o uso de uma goteira de relaxamento colocada na boca que protege os dentes e reduz a atividade muscular.
Uma correta articulação dos dentes do maxilar superior e inferior permite reduzir o atrito entre eles e melhora a qualidade da mastigação. Como tal, um correto acompanhamento pela Medicina Dentária é também importante.
Por vezes são propostas terapêuticas comportamentais, como a psicanálise, hipnose e técnicas de relaxamento.
Em suma, o plano de tratamento deve atender aos seguintes objetivos:
Estudos recentes mostram que é cada vez maior o número de crianças que sofrem de bruxismo infantil. Os hábitos parafuncionais (dos quais o bruxismo é um exemplo) prejudicam o equilíbrio físico e mental da criança. Identificar as causas que podem levar a este comportamento, bem como os sintomas associados, torna-se fundamental para uma identificação precoce do problema.
Os principais problemas encontrados prendem-se com a dificuldade de diagnóstico do bruxismo infantil. Os sinais e sintomas que se observam normalmente nos adultos podem não ser visíveis nas crianças, devido ao desenvolvimento e crescimento do complexo craniofacial.
A identificação do problema por parte dos dentistas vai sempre passar por uma entrevista aos pais da criança e por um minucioso exame oral.
O tratamento deve englobar uma equipa multidisciplinar entre o dentista, o pediatra e outros profissionais.
Okeson J. Management of temporomandibular disorders and Occlusion. Fifth Edit. St. Louis: Mosby;2003.
Mangili G, Ribeiro O, Leitão J. Contribuição para o estudo do Bruxismo. Apresentação de casos clínicos. [Tese de Mestrado Integrado em Medicina Dentária]; Universidade Católica Portuguesa. 2011.
Ditterich R, Rodrigues C, Shintcovsk R, Tanaka O. Bruxismo: uma revisão da literatura. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, 12 (3):13-21, 2006.
Kato T, Rompre P, Montplaisir J, Sessle B, Lavigne G. Sleep Bruxism: An Oromotor Activity Secondary to Micro-arousal. J Dent Res. 2001, 80(10):1940-4.
Strausz T, Ahlberg J, Lobbezoo F, Restrepo C, Hublin C, Ahlberg K et al. Awareness of tooth grinding and clenching from adolescence to young adulthood: a nine-year follow-up. J Oral Rehab. 2010; 37(7):497-500.
Sutin A, Terracciano A, Ferrucci L, Costa P. Teeth Grinding: Is emotional stability related to Bruxism? J Res Pers. 2011;44(3):402-5.
Aloé F. Sleep Bruxism Treatment. Sleep Science. 2009;2(1):49-52.
Pinto M, Ribeiro O, Leitão J. Perturbação do Sono e Disfunção Temporomandibular – Estudo Clínico. [Tese de Mestrado Integrado em Medicina Dentária]. Universidade Católica Portuguesa. 2012.
Resumos do XXXI Congresso da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. 1998 Mar 21|22;13-14.
A plataforma RISO é uma Rede de Informação de Saúde com todas dicas, conselhos e respostas às dúvidas sobre os vários tópicos da saúde oral, seja nos bebés, nas crianças, nos adultos ou nos seniores! Sim, porque independentemente da nossa idade, todos podemos ter um sorriso perfeito!